História e Património
A ocupação humana do atual território da freguesia da Ribeira de Fráguas, remonta ao final da Idade do Bronze, concretamente no Cabeço dos Mouros, localmente conhecido por “Crasto”, elevação com 345 metros de altitude situada entre Vilarinho de São Roque e Telhadela. Aqui existiu um povoado castrejo.
Temos de avançar para a Idade Média, concretamente ao ano 1100, para encontrar o primeiro documento a mencionar dois lugares da atual freguesia: Fráguas, no documento em latim, Fravegas e Telhadela que nos aparece como Telliatela. Até ao ano 1110, existem mais três documentos a mencionarem estes lugares.
As Inquirições de 1284, ordenadas por D. Dinis, revelam-se um documento de extrema importância para compreender a génese da freguesia. Por ele ficamos a saber que a paróquia da Ribeira de Fráguas era anexa a Palmaz, e que o seu padroeiro original era São Cristóvão. “…e de Sam Christptovam de Ribeyra que est soffraguaynha dessa ecclesia de Palmaz” (…e de São Cristóvão da Ribeira que é sufragânea dessa igreja de Palmaz). Por esta data já era composta pelos seguintes lugares. “aldeya de Telladela”, (Telhadela), “aldeya da Bustarenga (Busturenga), aldeya de Fravegas (Fráguas), Casaldero (Casaldelo), Lagar (local desconhecido), Eygreya (Igreja) e Campo (Campo)”. No penúltimo item surge a referência “Vilarinho de Jusaao”, atual Vilarinho de São Roque. Por esta época, século XIII, a freguesia estava inserida no Julgado de Figueiredo.
Salientamos neste documento a ausência de qualquer alusão às aldeias de Carvalhal e Gavião, bem como a outros lugares, que talvez ainda não existissem. A existirem, é de admitir que estruturas eclesiásticas ou senhoriais, não tivessem interesses patrimoniais nestes lugares. Fica a dúvida.
Concluímos que Ribeira de Fráguas já é paróquia pelo menos desde o século XIII, embora subalterna, pois foi um curato anexo ao priorado de Palmaz, até meados do século XIX.
Terá sido somente no século XIV que a paróquia foi consagrada ao apóstolo Santiago Maior, e a única fonte que nos permite tirar esta dedução é a imagem em calcário de Santiago Peregrino, trabalho artístico do século XIV. No entanto esta consagração não terá sido inocente, pois diz a tradição que o Caminho de Santiago de Compostela, passava por esta freguesia, em última análise, seria por aqui que os peregrinos se dirigiam ao Mosteiro de Arouca, via Telhadela, em plena Idade Média.
No foral de Angeja, outorgado por D. Manuel I, a 15 de agosto de 1514, surgem mencionados três lugares da atual freguesia: Campo, Pipa (em Telhadela) e Vilarinho. “… Pedraluarez do campo de triguo sabudo oyto alqueires e de vinho seis almudes e de milho dez Alqueires. E de centeo outros dez e duas gallinhas …”; no lugar da Pipa, situado em Telhadela, Gonçalo Eanes deveria pagar, por uma terra que cultivava, um alqueire de trigo: “… Gonçalle annes da pipa de huum chãao huum alqueire de trigo …”; e por fim, em Vilarinho, António Pires deveria pagar um cabrito pelo uso de um moinho: “… doutro muynho Amtonyo pirez de vilarinho huum cabrito …”.
Na transição do século XVIII para o XIX, a freguesia teve a particularidade de ter assistido ao despovoamento da Abilheira, um lugarejo junto ao rio Fílveda, e o surgimento de outro, o Palhal, devido à construção da nova ponte sobre o rio Caima em 1766.
A freguesia da Ribeira de Fráguas, pertenceu ao antigo Julgado medieval de Figueiredo até 15 de agosto de 1514. Daqui até 24 de outubro de 1855, fez parte do extinto concelho da Bemposta, sendo nesta data integrada no concelho de Albergaria-a-Velha até ao presente.
Na segunda metade do século XIX, a indústria mineira atingiu grande preponderância nas margens do rio Caima, nomeadamente com a Companhia da Mina de Telhadela, a Lusitanian Mining Company (Palhal e Carvalhal) e Mina do Coval da Mó, esta já em área montanhosa.
Foi justamente na infraestrutura da Mina do Carvalhal que se deu a implantação da Fábrica de Celulose do Caima em 1889. Numa primeira fase ainda em terrenos da freguesia da Branca, mas que rapidamente se estendeu para a margem esquerda do rio Caima, em terrenos da Ribeira de Fráguas.
Temos de avançar para a Idade Média, concretamente ao ano 1100, para encontrar o primeiro documento a mencionar dois lugares da atual freguesia: Fráguas, no documento em latim, Fravegas e Telhadela que nos aparece como Telliatela. Até ao ano 1110, existem mais três documentos a mencionarem estes lugares.
As Inquirições de 1284, ordenadas por D. Dinis, revelam-se um documento de extrema importância para compreender a génese da freguesia. Por ele ficamos a saber que a paróquia da Ribeira de Fráguas era anexa a Palmaz, e que o seu padroeiro original era São Cristóvão. “…e de Sam Christptovam de Ribeyra que est soffraguaynha dessa ecclesia de Palmaz” (…e de São Cristóvão da Ribeira que é sufragânea dessa igreja de Palmaz). Por esta data já era composta pelos seguintes lugares. “aldeya de Telladela”, (Telhadela), “aldeya da Bustarenga (Busturenga), aldeya de Fravegas (Fráguas), Casaldero (Casaldelo), Lagar (local desconhecido), Eygreya (Igreja) e Campo (Campo)”. No penúltimo item surge a referência “Vilarinho de Jusaao”, atual Vilarinho de São Roque. Por esta época, século XIII, a freguesia estava inserida no Julgado de Figueiredo.
Salientamos neste documento a ausência de qualquer alusão às aldeias de Carvalhal e Gavião, bem como a outros lugares, que talvez ainda não existissem. A existirem, é de admitir que estruturas eclesiásticas ou senhoriais, não tivessem interesses patrimoniais nestes lugares. Fica a dúvida.
Concluímos que Ribeira de Fráguas já é paróquia pelo menos desde o século XIII, embora subalterna, pois foi um curato anexo ao priorado de Palmaz, até meados do século XIX.
Terá sido somente no século XIV que a paróquia foi consagrada ao apóstolo Santiago Maior, e a única fonte que nos permite tirar esta dedução é a imagem em calcário de Santiago Peregrino, trabalho artístico do século XIV. No entanto esta consagração não terá sido inocente, pois diz a tradição que o Caminho de Santiago de Compostela, passava por esta freguesia, em última análise, seria por aqui que os peregrinos se dirigiam ao Mosteiro de Arouca, via Telhadela, em plena Idade Média.
No foral de Angeja, outorgado por D. Manuel I, a 15 de agosto de 1514, surgem mencionados três lugares da atual freguesia: Campo, Pipa (em Telhadela) e Vilarinho. “… Pedraluarez do campo de triguo sabudo oyto alqueires e de vinho seis almudes e de milho dez Alqueires. E de centeo outros dez e duas gallinhas …”; no lugar da Pipa, situado em Telhadela, Gonçalo Eanes deveria pagar, por uma terra que cultivava, um alqueire de trigo: “… Gonçalle annes da pipa de huum chãao huum alqueire de trigo …”; e por fim, em Vilarinho, António Pires deveria pagar um cabrito pelo uso de um moinho: “… doutro muynho Amtonyo pirez de vilarinho huum cabrito …”.
Na transição do século XVIII para o XIX, a freguesia teve a particularidade de ter assistido ao despovoamento da Abilheira, um lugarejo junto ao rio Fílveda, e o surgimento de outro, o Palhal, devido à construção da nova ponte sobre o rio Caima em 1766.
A freguesia da Ribeira de Fráguas, pertenceu ao antigo Julgado medieval de Figueiredo até 15 de agosto de 1514. Daqui até 24 de outubro de 1855, fez parte do extinto concelho da Bemposta, sendo nesta data integrada no concelho de Albergaria-a-Velha até ao presente.
Na segunda metade do século XIX, a indústria mineira atingiu grande preponderância nas margens do rio Caima, nomeadamente com a Companhia da Mina de Telhadela, a Lusitanian Mining Company (Palhal e Carvalhal) e Mina do Coval da Mó, esta já em área montanhosa.
Foi justamente na infraestrutura da Mina do Carvalhal que se deu a implantação da Fábrica de Celulose do Caima em 1889. Numa primeira fase ainda em terrenos da freguesia da Branca, mas que rapidamente se estendeu para a margem esquerda do rio Caima, em terrenos da Ribeira de Fráguas.
A ocupação humana do atual território da freguesia da Ribeira de Fráguas, remonta ao final da Idade do Bronze, concretamente no Cabeço dos Mouros, localmente conhecido por “Crasto”, elevação com 345 metros de altitude situada entre Vilarinho de São Roque e Telhadela. Aqui existiu um povoado castrejo.
Temos de avançar para a Idade Média, concretamente ao ano 1100, para encontrar o primeiro documento a mencionar dois lugares da atual freguesia: Fráguas, no documento em latim, Fravegas e Telhadela que nos aparece como Telliatela. Até ao ano 1110, existem mais três documentos a mencionarem estes lugares.
As Inquirições de 1284, ordenadas por D. Dinis, revelam-se um documento de extrema importância para compreender a génese da freguesia. Por ele ficamos a saber que a paróquia da Ribeira de Fráguas era anexa a Palmaz, e que o seu padroeiro original era São Cristóvão. “…e de Sam Christptovam de Ribeyra que est soffraguaynha dessa ecclesia de Palmaz” (…e de São Cristóvão da Ribeira que é sufragânea dessa igreja de Palmaz). Por esta data já era composta pelos seguintes lugares. “aldeya de Telladela”, (Telhadela), “aldeya da Bustarenga (Busturenga), aldeya de Fravegas (Fráguas), Casaldero (Casaldelo), Lagar (local desconhecido), Eygreya (Igreja) e Campo (Campo)”. No penúltimo item surge a referência “Vilarinho de Jusaao”, atual Vilarinho de São Roque. Por esta época, século XIII, a freguesia estava inserida no Julgado de Figueiredo.
Salientamos neste documento a ausência de qualquer alusão às aldeias de Carvalhal e Gavião, bem como a outros lugares, que talvez ainda não existissem. A existirem, é de admitir que estruturas eclesiásticas ou senhoriais, não tivessem interesses patrimoniais nestes lugares. Fica a dúvida.
Concluímos que Ribeira de Fráguas já é paróquia pelo menos desde o século XIII, embora subalterna, pois foi um curato anexo ao priorado de Palmaz, até meados do século XIX.
Terá sido somente no século XIV que a paróquia foi consagrada ao apóstolo Santiago Maior, e a única fonte que nos permite tirar esta dedução é a imagem em calcário de Santiago Peregrino, trabalho artístico do século XIV. No entanto esta consagração não terá sido inocente, pois diz a tradição que o Caminho de Santiago de Compostela, passava por esta freguesia, em última análise, seria por aqui que os peregrinos se dirigiam ao Mosteiro de Arouca, via Telhadela, em plena Idade Média.
No foral de Angeja, outorgado por D. Manuel I, a 15 de agosto de 1514, surgem mencionados três lugares da atual freguesia: Campo, Pipa (em Telhadela) e Vilarinho. “… Pedraluarez do campo de triguo sabudo oyto alqueires e de vinho seis almudes e de milho dez Alqueires. E de centeo outros dez e duas gallinhas …”; no lugar da Pipa, situado em Telhadela, Gonçalo Eanes deveria pagar, por uma terra que cultivava, um alqueire de trigo: “… Gonçalle annes da pipa de huum chãao huum alqueire de trigo …”; e por fim, em Vilarinho, António Pires deveria pagar um cabrito pelo uso de um moinho: “… doutro muynho Amtonyo pirez de vilarinho huum cabrito …”.
Na transição do século XVIII para o XIX, a freguesia teve a particularidade de ter assistido ao despovoamento da Abilheira, um lugarejo junto ao rio Fílveda, e o surgimento de outro, o Palhal, devido à construção da nova ponte sobre o rio Caima em 1766.
A freguesia da Ribeira de Fráguas, pertenceu ao antigo Julgado medieval de Figueiredo até 15 de agosto de 1514. Daqui até 24 de outubro de 1855, fez parte do extinto concelho da Bemposta, sendo nesta data integrada no concelho de Albergaria-a-Velha até ao presente.
Na segunda metade do século XIX, a indústria mineira atingiu grande preponderância nas margens do rio Caima, nomeadamente com a Companhia da Mina de Telhadela, a Lusitanian Mining Company (Palhal e Carvalhal) e Mina do Coval da Mó, esta já em área montanhosa.
Foi justamente na infraestrutura da Mina do Carvalhal que se deu a implantação da Fábrica de Celulose do Caima em 1889. Numa primeira fase ainda em terrenos da freguesia da Branca, mas que rapidamente se estendeu para a margem esquerda do rio Caima, em terrenos da Ribeira de Fráguas.
Temos de avançar para a Idade Média, concretamente ao ano 1100, para encontrar o primeiro documento a mencionar dois lugares da atual freguesia: Fráguas, no documento em latim, Fravegas e Telhadela que nos aparece como Telliatela. Até ao ano 1110, existem mais três documentos a mencionarem estes lugares.
As Inquirições de 1284, ordenadas por D. Dinis, revelam-se um documento de extrema importância para compreender a génese da freguesia. Por ele ficamos a saber que a paróquia da Ribeira de Fráguas era anexa a Palmaz, e que o seu padroeiro original era São Cristóvão. “…e de Sam Christptovam de Ribeyra que est soffraguaynha dessa ecclesia de Palmaz” (…e de São Cristóvão da Ribeira que é sufragânea dessa igreja de Palmaz). Por esta data já era composta pelos seguintes lugares. “aldeya de Telladela”, (Telhadela), “aldeya da Bustarenga (Busturenga), aldeya de Fravegas (Fráguas), Casaldero (Casaldelo), Lagar (local desconhecido), Eygreya (Igreja) e Campo (Campo)”. No penúltimo item surge a referência “Vilarinho de Jusaao”, atual Vilarinho de São Roque. Por esta época, século XIII, a freguesia estava inserida no Julgado de Figueiredo.
Salientamos neste documento a ausência de qualquer alusão às aldeias de Carvalhal e Gavião, bem como a outros lugares, que talvez ainda não existissem. A existirem, é de admitir que estruturas eclesiásticas ou senhoriais, não tivessem interesses patrimoniais nestes lugares. Fica a dúvida.
Concluímos que Ribeira de Fráguas já é paróquia pelo menos desde o século XIII, embora subalterna, pois foi um curato anexo ao priorado de Palmaz, até meados do século XIX.
Terá sido somente no século XIV que a paróquia foi consagrada ao apóstolo Santiago Maior, e a única fonte que nos permite tirar esta dedução é a imagem em calcário de Santiago Peregrino, trabalho artístico do século XIV. No entanto esta consagração não terá sido inocente, pois diz a tradição que o Caminho de Santiago de Compostela, passava por esta freguesia, em última análise, seria por aqui que os peregrinos se dirigiam ao Mosteiro de Arouca, via Telhadela, em plena Idade Média.
No foral de Angeja, outorgado por D. Manuel I, a 15 de agosto de 1514, surgem mencionados três lugares da atual freguesia: Campo, Pipa (em Telhadela) e Vilarinho. “… Pedraluarez do campo de triguo sabudo oyto alqueires e de vinho seis almudes e de milho dez Alqueires. E de centeo outros dez e duas gallinhas …”; no lugar da Pipa, situado em Telhadela, Gonçalo Eanes deveria pagar, por uma terra que cultivava, um alqueire de trigo: “… Gonçalle annes da pipa de huum chãao huum alqueire de trigo …”; e por fim, em Vilarinho, António Pires deveria pagar um cabrito pelo uso de um moinho: “… doutro muynho Amtonyo pirez de vilarinho huum cabrito …”.
Na transição do século XVIII para o XIX, a freguesia teve a particularidade de ter assistido ao despovoamento da Abilheira, um lugarejo junto ao rio Fílveda, e o surgimento de outro, o Palhal, devido à construção da nova ponte sobre o rio Caima em 1766.
A freguesia da Ribeira de Fráguas, pertenceu ao antigo Julgado medieval de Figueiredo até 15 de agosto de 1514. Daqui até 24 de outubro de 1855, fez parte do extinto concelho da Bemposta, sendo nesta data integrada no concelho de Albergaria-a-Velha até ao presente.
Na segunda metade do século XIX, a indústria mineira atingiu grande preponderância nas margens do rio Caima, nomeadamente com a Companhia da Mina de Telhadela, a Lusitanian Mining Company (Palhal e Carvalhal) e Mina do Coval da Mó, esta já em área montanhosa.
Foi justamente na infraestrutura da Mina do Carvalhal que se deu a implantação da Fábrica de Celulose do Caima em 1889. Numa primeira fase ainda em terrenos da freguesia da Branca, mas que rapidamente se estendeu para a margem esquerda do rio Caima, em terrenos da Ribeira de Fráguas.
